Congonhas: como lidam os moradores e o mercado imobiliário de São Paulo?




Os bairros nobres de SP na rota de aproximação final.
Para começo de conversa, é importante deixar claro que, em se tratando de movimento operacional, o Aeroporto da Pampulha não é de forma alguma páreo para Congonhas. Mesmo com a ocupação total da capacidade capacidade do terminal, com 2,2 milhões de passageiros ao ano, isso nem se compararia ao movimento de Congonhas, que em 2016 chegou a quase 21 milhões de passageiros em mais de 170 mil voos comerciais, contra apenas 2,4 mil voos comerciais na Pampulha.

Ainda que Congonhas seja o 2º aeroporto mais movimentado do país, tanto em movimento de aeronaves como passageiros, os moradores da cidade de São Paulo, nem mesmo os vizinhos do aeródromo, não abrem mão deste terminal aéreo tão bem localizado. Em relação à Pampulha, as principais diferenças de Congonhas são que lá: a pista menor que Pampulha,  há centenas de prédios em volta, o movimento é 10x maior que Pampulha, além de Congonhas ser cercado de bairros nobres.

Bairros nas proximidades de Congonhas são os mais valorizados de São Paulo, por EXAME

Mapa do Distrito do Campo Belo, onde se
localiza o aeroporto de Congonhas em São Paulo
O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, fica localizado no distrito do Campo Belo, uma das regiões mais nobres da capital paulista. Quer dizer, o aeroporto não causou depreciação dos bairros da região, ao contrário, os bairros se tornam mais valorizados.

Além do Campo Belo, outros nobres distritos ficam diretamente sobre a rota de pousos e decolagens dos aviões, tais como: Moema, Itaim Bibi e Pinheiros. Em março de 2016 a Exame publicou ranking dos distritos paulistanos com valor metro quadrado mais caro: Os distritos Moema, Pinheiros e Itaim Bibi ocuparam as três primeiras colocações e o Campo Belo ficou em 6º lugar, dentre todos os 95 distritos da cidade.



 Link: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/quer-conhecer-os-bairros-mais-caros-de-sp-conte-suas-arvores/

Entrevista a moradores e especialistas imobiliários, por Folha de S.Paulo

Em setembro de 2015, o jornal Folha de S.Paulo foi verificar os possíveis impactos causados pelo Aeroporto de Congonhas ao mercado imobiliário da vizinhança. Foram entrevistados profissionais do setor e também o presidente da Associação de moradores do entorno do aeroporto, que concluíram que os incômodos gerados pelo aeroporto não têm inviabilizado novos empreendimentos na região, nem mesmo desvalorizado os imóveis já existentes.

Veja o que foi constatado:
O aeroporto em si não melhora nem desvaloriza a região. Depende para quem o empreendimento foi pensado. Alesandro Francisco, Professor da pós-graduação em negocios imobiliários da Faap.
Apesar de o distrito de Jabaquara ser mais atingido pelo ruído, isso não chega a afetar o preço dos imóveis. O que existe é uma demora maior para vender. Igor Freire, gerente de vendas da imobiliária Lello Imóveis.
As aeronaves mais barulhentas são as particulares que aparecem mais nas sextas-feiras e aos finais de semana. Edwaldo Sarmento, 63 anos, vizinho do Aeroporto de Congonhas há 20 anos, presidente da AMEA - Associação de moradores do entorno do aeroporto.
Quem vem viver aqui já sabe que existe o aeroporto, ele chegou muito antes. No final, as pessoas gostam daqui. Edwaldo Sarmento, 63 anos, vizinho do Aeroporto de Congonhas há 20 anos, presidente da AMEA - Associação de moradores do entorno do aeroporto.
Quanto a AMEA, sua grande briga foi em 2009, quando cogitou-se desapropriar 2 mil imóveis no bairro Jabaquara para ampliação no comprimento das pistas do Aeroporto de Congonhas.

Link: Matéria Completa da Folha de S.Paulo


Em outra matéria da Agência Brasil em 19 de julho de 2007, dia após acidente com avião da TAM, trazia a seguinte manchete: "Moradores vizinhos a congonhas não abrem mão de ter aeroporto no quintal". A representante da associação de moradores do bairro Moema ressaltou que a maior reclamação era o funcionamento noturno do aeroporto que prejudicava o sono da vizinhança. Antes, o Aeroporto de Congonhas funcionava de 5h30 à 0h30; após ação da associação de moradores o horário de funcionamento reduziu para de 06h às 23h00.


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