Desde que os voos nacionais foram transferidos para Confins, o Aeroporto da Pampulha nunca chegou a alcançar sequer a metade de sua capacidade operacional com voos regionais; A operação das companhias regionais também não se mantém constante no aeroporto.
Ao longo de 10 anos, a aviação regional não foi suficiente para garantir a ocupação do terminal da Pampulha com seus ATRs. Hoje vemos um aeroporto deficitário que poderia estar sendo muito útil para o desenvolvimento de Belo Horizonte.
Movimento anual de passageiros em relação à capacidade da Pampulha:
Antes da transferência dos voos com aviões a jato para Confins, em 13 de março de 2005, os voos regionais já aconteciam na Pampulha. Voos para Uberlândia, Montes Claros, Ipatinga, Governador Valadares, Araxá e Uberaba já aconteciam no aeroporto da Pampulha e não foram criados depois da saída dos voos nacionais.
Instabilidade das companhias regionais
Com base no histórico descrito no quadro ao lado, fica claro o quanto a operação das companhias regionais é instável. A história de todas elas é bastante parecida: Num primeiro momento é feita toda uma divulgação de vários voos atendendo as cidades do interior; em seguida as empresas veem-se obrigadas a reduzir sua oferta de rotas regionais ou senão mudar sua a estratégia de atuação; por fim, as companhias ou mudam seu negócio para voos nacionais em jatos ou transporte aéreo de cargas, como TOTAL e TRIP, ou não se mantém no mercado, como a AIR MINAS.
Agora, mais uma vez, essa história parece se repetir com a nova companhia FLYWAYS. A empresa recebeu incentivos do governo do estado de Minas Gerais para que ela instalasse na Pampulha sua principal base de operações. Desde a sua inauguração, a companhia colocou passagens a venda com preços muito abaixo do mercado, na expectativa de consolidar sua clientela. Contudo, os voos tiveram ocupação muito baixa trazendo sérias complicações à FLYWAYS, que até então segue sem operar.
Atualmente o terminal só opera dois voos regulares por dia!
As duas frequências são da companhia Passaredo, lingando a Pampulha a cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
O que é mais relevante para o usuário de Belo Horizonte?
Toda essa política de incentivo e condicionamento do Aeroporto da Pampulha para a aviação regional despreza por completo os anseios dos moradores de Belo Horizonte e Região metropolitana, uma vez que essa regra prioriza o interesse de prefeitos das cidades do interior em detrimento aos interesses dos belo-horizontinos. A demanda de Belo Horizonte por voos com destino a cidades do interior é ínfima, se comparada a demanda por voos para capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. É contraditório haver um aeroporto dentro de um município cuja sua população não seja a principal beneficiária das operações desse empreendimento.
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